A Argentina anunciou a flexibilização das exportações de carnes, com a liberação na íntegra da categoria de vacas em lata com destino à China a partir de segunda-feira, 4. O anúncio foi feito após a reunião do novo ministro da Agricultura, Pecuária e Pesca, Julián Domínguez, com o Conselho de Articulação.
O ministro também anunciou que, por meio de uma resolução do Banco Central, os produtores terão acesso a crédito com taxa preferencial a partir desta quarta-feira, 29. Reivindicação antiga das entidades.
A medida vai permitir a exportação para a China de vacas que não têm mais capacidade reprodutiva e que, em sua maioria, não são consumidas no mercado local.
Os embarques dessa categoria (E e D) ficaram restritos a 50% do que foi exportado no ano passado. Pelas projeções, cerca de 780 mil toneladas toneladas de carne bovina seriam exportadas, portanto, 85% das vendas externas seriam realizadas se os dados fossem comparados com os de 2020, ano recorde para as exportações.
Domínguez, que assumiu o cargo recentemente, disse que “dizer que a exportação está fechada é prejudicar os produtores e beneficiar uma parte da cadeia”.
Embora o anúncio tenha sido bem recebido pela Sociedade Rural Argentina (SRA), Confederação Rural Argentina (CRA), Federação Agrária Argentina (FAA) e Confederação Intercooperativa Agropecuária Limitada (Coninagro), as entidades esperavam uma abertura total das exportações.
Jorge Chemes, chefe das Confederação Rural da Argentina, garantiu à mídia que “nem todas as expectativas foram atendidas, pois esperávamos uma liberação total das exportações”.
Carlos Achetoni, disse após o encontro: “Esperamos que este encontro seja o início de uma jornada para tentar gerar as soluções de que tantos produtores precisam”