“Estão tendo dificuldade em achar boi gordo, mas o valor estava apertado para o pecuarista”, diz.
Turquino investe na criação de bezerros para venda em leilões. “Mantive as matrizes e acreditei na falta de bezerros depois que muitos começaram a abater as matrizes. Nossa aposta deu certo porque um bezerro top, que era vendido a R$ 800 há três anos, hoje está de R$ 1,8 mil a R$ 2 mil”, conta.
O comum era que frigoríficos trabalhem com matéria-prima comprada para 15 dias e hoje a média é de quatro dias, diz o presidente da ANPBC. “O problema é que demora até seis anos para ter resultado e o pessoal está voltando a criar”, completa.
Para o consumidor
Apesar da alta no preço da arroba, os frigoríficos têm dificuldade em repassar o preço ao mercado interno. “Com o desemprego, muitos trocaram a carne de boi pela de frango ou suíno”, diz o técnico Eugênio Stefanelo, da Conab. Ele explica que o consumo de carne bovina, que já foi de 38kg per capita, caiu para 35kg em 2015. “O preço interno não tem como aumentar, mas a saída é a exportação para lucrar mais”, finaliza. (F.G.)