Foram abatidas 439,27 mil cabeças em julho no MT

Saindo do cocho: O Indea-MT disponibilizou na última semana os dados do abate de bovinos mato-grossenses em julho/17. Foram abatidas 439,27 mil cabeças no mês de jul/17, aumento de 9,52% em comparação a junho/17. Destaca-se também que esta é a maior quantidade de animais abatidos em um mês desde janeiro/15. Dentre as categorias, nota-se que houve incremento tanto no número de machos abatidos quanto na quantidade de fêmeas, ainda assim, as faixas etárias que se destacam no abate deste mês são os machos entre 12 e 24 meses e os com idade entre 24 e 36 meses, que registraram evolução mensal de 75,49% e 13,46%, respectiva- mente. A presença em maior quantidade de bovinos machos e jovens se dá devido à intensificação das entregas dos animais advindos de confinamento, e, caso se repita a série histórica, tal cenário deve se prolongar até o mês de dezembro, quando a estação seca tem seu fim definitivo.

 

* Os preços do boi gordo e da vaca gorda à vista reagiram esta semana, registrando valorização de 0,82% e 1,58% o comparativo semanal, respectivamente. O boi gordo ficou cotado em média a R$ 115,93/@ e a vaca gorda a R$ 109,76/@.

* A necessidade de negociar dos criadores aumentou essa semana, com a intensificação da seca, e o preço do bezerro de ano demonstrou redução de -1,39%.

* Com a desvalorização dos cortes bovinos no atacado, principalmente do traseiro com osso, o equivalente físico registrou queda de 2,42% ficando cotado a R$ 113,42/@.

* Com a maior valorização dos preços do boi gordo em São Paulo, o diferencial de base MT-SP apresentou recuo de 0,94 p.p., estabelecendo-se em -10,10%.

CORRELACIONADOS: O boi gordo tem como seu principal subproduto a carcaça casada (carne bovina) e, historicamente, o preço entre eles tem um forte nível de correlação positivo (+0,97), ainda assim, nos últimos anos, a diferença entre estes se alargou e, no mês de jul/17, atingiu o quarto maior valor da história, 13,21%. Este alargamento tem ocorrido, pois as cotações do boi gordo têm caído em maior intensidade do que as da carcaça casada no atacado. No comparativo entre julho/17 e julho/16, o preço do boi gordo registrou desvalorização de 12,41% e o da carcaça casada, no atacado, diminuição de 2,63%. O crescimento desta diferença demonstra que as indústrias frigoríficas passaram, no último ano, por um melhor momento, conseguindo uma melhora na margem da comercialização da carne. Ainda que pareça difícil (devido às condições das pastagens), o pecuarista pode encontrar nesta melhor margem um argumento para pleitear melhores preços.

Observações:
8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.
9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.
10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.
11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.
12 – Para o cálculo da relação de troca entre o boi gordo e o bezerro de 12 meses considera-se um boi gordo de 17 arrobas.

Fonte: Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).

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