Além de técnicas ambientalmente sustentáveis e estratégias econômicas diversas, o 1º Simpósio Bem Estar na Fazenda também abordou o manejo adequado de bovinos. O zootecnista Murilo Henrique Quintiliano relatou que já houve uma grande evolução neste sentido, mas muitos pecuaristas e seus vaqueiros ainda consideram que devido ao fato do bovino ser um animal resistente, ele pode ser tratado de maneira bruta.
Quintiliano explica que o manejo deve ser feito de maneira adequada, conhecendo o comportamento natural do animal para que se consiga extrair dele o melhor possível. “Costumo dizer que se manejarmos bem os animais, eles acabam trabalhando para o produtor. É importante acabar com aquela ideia que é preciso gritaria, paulada e correria dentro do curral. O bovino bem manejado acaba caminhando sozinho e fazendo aquilo que o pecuarista deseja“.
São atitudes simples, que vão desde a aplicação bem feita de vacinas, o manejo correto no nascimento do bezerro até o embarque dos animais, em que é possível perceber benefícios diretos na economia da fazenda. “Redução da mortalidade, diminuição de hematomas na carcaça dos animais que estão indo para o abate, redução de abcesso vacinal, além de melhorar o ambiente da fazenda no dia a dia são algumas conquistas importantes“, explica o zootecnista.
Na sequência, há ganhos diretos de produtividade. “Um animal melhor manejado produz e ganha mais peso. Há também ganhos mercadológicos, porque hoje o consumidor está interessado em entender como esse animal é produzido. Além disso, há vários relatos de países que deixam de comprar nossa carne porque imagina que o manejo não é bem feito“, conclui o especialista.