Nesta segunda-feira (8), a programação do pavilhão do Brasil na 26ª edição da Conferência das Partes (COP26) será dedicada à agropecuária sustentável, com a participação de representantes do Ministério da Agricultura, da Embrapa, de universidades e de entidades representantes do agro.
No primeiro painel do dia: “Pecuária Sustentável: Quebrando paradigma para uma pecuária de baixa emissão de carbono”, representantes da delegação brasileira em Glasgow, na Escócia, destacaram que a pecuária brasileira está vivendo um processo de “intensificação sustentável”. O país tem 218,2 milhões de cabeças de gado, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com Mariane Crespolini, diretora do Departamento de Produção Sustentável do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a recuperação de pastagens degrada tem sido uma das estratégias adotadas pelo país para missão de produzir segurança alimentar e climática ao mesmo tempo.
“Lançado há dez anos, o Plano ABC, que foi renovado recentemente, tinha o objetivo de recuperar 35 milhões de hectares de áreas degradas quando foi lançado. Recuperamos 52 milhões de hectares. Deste volume, 27 milhões foram de recuperação de pastagens. Nós precisamos continuar atuando”, disse.
No mesmo painel, o presidente da Comissão Nacional do Meio Ambiente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Muni Lourenço, a pecuária brasileira já é sustentável.
“O Brasil vem aumentando cada vez mais a produtividade, ao que mesmo tempo em que está reduzindo as áreas de pastagem e liberando para outras atividades, inclusive para agricultura. Também vale ressaltar que a pecuária cumpre o Código Florestal brasileiro, o mais rígido do planeta”, afirmou.
Mencionados no painel, o sistemas Integração Pecuária Floresta e Integração Lavoura Pecuária também foram exemplos de como novas técnicas de manejo podem contribuir para transformar a pecuária brasileira mais sustentável e sequestrar emissões de gases de efeito estufa.