Ministério da Agricultura vai criar plano de trabalho com exportadores

O Ministério da Agricultura vai desenvolver um plano de trabalho com representantes do setor exportador do agronegócio brasileiro para alcançar as metas projetadas nos próximos quatro anos. A iniciativa reforça as propostas do Plano Nacional de Exportações, lançado nesta quarta-feira (24/6) no Palácio do Planalto.

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, esteve reunida nessa terça (23/6) com os setores de café, frutas, carnes, açúcar, etanol, lácteos, suco de laranja, entre outros, para discutir medidas para impulsionar as vendas externas. A ministra queria saber opinião sobre os principais mercados de cada setor e quais as perspectivas futuras, segundo a assessoria do ministério. Os representantes dos setores sugeriram medidas para melhorar o fluxo das vendas externas.

Entre elas, estão a simplificação dos termos de certificação para exportação de carnes aos Estados Unidos, a ampliação de mercado para o Canadá e México, como consequência da abertura da venda de carne bovina para os EUA, e o fortalecimento do acordo sobre frutas com o México. Também defenderam a abertura do mercado de frutas para o Oriente Médio, a habilitação de mais plantas exportadoras de lácteos e a busca da redução tarifária para exportação de suco de laranja, entre outros. A ministra solicitou, ainda, que as entidades enviem os documentos com os pedidos para que o Ministério da Agricultura possa ajudar a solucionar os gargalos na agropecuária brasileira.

Nas próximas viagens ao exterior, ela deve apresentar às autoridades competentes os temas abordados na reunião que dizem respeito ao país a ser visitado. De acordo com estudo do Ministério da Agricultura, os 10 principais mercados potenciais para as exportações brasileiras são responsáveis por 78% das exportações agropecuárias brasileiras. Cinco desses mercados (Estados Unidos, China, Rússia, União Europeia e Japão) respondem por US$ 500 bilhões nas importações agropecuárias globais, ou metade das importações mundiais.

O estudo também faz uma projeção sobre os 22 mercados prioritários (incluídos os 10 principais). A meta é que 19,5% dos mercados não acessados proporcionem cerca de US$ 16 bilhões nas exportações brasileiras, quando forem estabelecidos acordos sanitários e fitossanitários ou comerciais.

Autoria: Estadão Conteúdo

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