A África do Sul esteve até 1994 fechada para o mundo devido ao “Apartheid”. Porém, a partir desse ano o país passou a interagir com o restante do mundo.
Em 1997, o sêmen da raça Bonsmara, proveniente de embriões importados da Argentina, foi usado, no Brasil, num projeto de formação de raças compostas. O resultado foi muito bom e alguns criadores resolveram trazer a raça da África do Sul, pois, acreditaram que ela poderia ajudar a solucionar uma dificuldade da pecuária dos trópicos; ter um touro sem sangue de Zebu que conseguisse trabalhar bem nessas condições de clima e produzisse animais com muita heterose e com carne de altíssima qualidade.
O protocolo sanitário Brasil-África do Sul permite somente o envio de embriões congelados. Portanto, um lote de vacas e touros foi criteriosamente selecionado na África do Sul e os embriões foram coletados e enviados ao Brasil. Em 2000, nasceu a Associação Brasileira dos Criadores de Bonsmara, homologada no Ministério da Agricultura, e já tem criadores nas importantes regiões pecuárias do País.
Todo esse processo de desenvolvimento e manutenção da raça na África do Sul, desde a sua origem, resultou num sistema de produção, denominado posteriormente de “Sistema Bonsmara”. Os criadores brasileiros, pioneiros na importação da raça, primaram por trazer e manter o “Sistema Bonsmara” no Brasil.