Paraná poderá antecipar retirada da vacinação contra a aftosa

O Paraná deve antecipar para maio do ano que vem a retirada da vacinação contra a febre aftosa se resolver pequenas inconformidades, disse nesta sexta-feira, 5, o Ministério da Agricultura. Entre as inconformidades verificadas está a necessidade de melhorias em postos fiscais. Inicialmente, o Estado deixaria de vacinar o rebanho apenas em 2021. O diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério, Guilherme Marques, disse, em nota, que o ministério enviará a autoridades paranaenses ainda neste mês o relatório das inconformidades encontradas em duas auditorias realizadas ao longo deste ano. Elas deverão informar quando resolverão as pendências.

Os pontos que o Mapa está focando no Paraná são a estruturação dos postos fixos de entrada e saída de animais nas divisas do Estado, bem como o controle de trânsito, pois o Estado terá que garantir que os animais e seus produtos e subprodutos estão sendo fiscalizados. Além disso, precisará ter maior controle e vigilância quando não houver mais a proteção da vacinação.

 

A chefe da Seção de Saúde Animal da Superintendência Federal da Agricultura do Paraná, Juliana Azevedo Castro, afirma que “o Estado foi submetido em janeiro a auditoria do Programa Quali SV – Qualidade e Serviço Veterinário”, sendo bem avaliado. Durante o ano, o serviço veterinário estadual pediu ao DSA uma auditoria nos postos de divisa com São Paulo e Mato Grosso do Sul, para saber a condição desses locais. A auditoria foi feita no começo de setembro, quando foram visitados todos os postos das divisas entre os dois Estados. O Paraná tem 33 postos nas fronteiras com SP, MS e Santa Catarina.

Caso, o ministério aceite as correções providenciadas, o Estado será autorizado a começar a retirada da vacinação, em sete meses, juntamente com o Acre, Rondônia, parte do Amazonas e de Mato Grosso, Estados que compõe o chamado bloco 1 do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa). Atualmente o Paraná, que tem rebanho de 9,5 milhões de bovinos, faz parte do bloco 5 do Pnefa, cuja retirada da vacina está prevista para 2021. Se autorizado, caberá ao governo do Estado decidir pela antecipação ou não da retirada da vacinação.

Nesta semana, integrantes do DSA e representantes das 27 unidades federativas estiveram reunidos na Escola Nacional de Gestão Agropecuária (Enagro), em Brasília, para avaliar o primeiro ano de execução do Pnefa (2017/2026). Conforme Marques, para dar suporte ao programa, a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) está buscando no Congresso Nacional emendas parlamentares que garantam R$ 150 milhões para a defesa, dos quais R$ 100 milhões serão direcionados à saúde animal nos Estados.

Ainda conforme a nota do Ministério, o chefe da Divisão de Febre Aftosa do ministério, Diego Viali, informou que o cronograma do Pnefa está ocorrendo dentro do previsto, com os Estados do bloco 1 realizando as ações esperadas. Também estão sendo tomadas as medidas para organizar os blocos 2 e 3. Do 2, fazem parte Amazonas, Amapá, Pará e Roraima. O 3 é integrado por Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte.

Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO.

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