O mercado físico de boi gordo registrou poucas mudanças nesta quinta-feira, dia 22 de julho. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos ainda apresentam algum conforto em suas escalas de abate, que permanecem posicionadas entre cinco e sete dias úteis em média. “No entanto o movimento de pressão de baixa nos preços das boiadas permanece limitado pela restrição de oferta, fator que será dominante em todo o ano de 2021. Esse é um importante ponto de sustentação para os preços do boi gordo no decorrer do semestre”, disse ele.
A situação chinesa permanece no radar, avaliando o avanço do plantel de suínos na China e uma eventual menor necessidade de importação de proteína animal por parte do gigante asiático. “O Brasil é dependente da China nas exportações de carne bovina, e mudanças agressivas de comportamento tendem a causar impacto no mercado nacional”, assinalou Iglesias.
Com isso, em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 316 na modalidade a prazo, estável na comparação com a quarta-feira. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 304, inalterado. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 310, estável. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 307, contra R$ 308. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 309 a arroba, inalterada.
Atacado
Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por maior espaço para
reajustes durante a primeira quinzena do mês, período que conta com maior apelo ao consumo. Somado a isso precisa ser considerado o adicional de consumo relativo ao Dia dos Pais, no segundo domingo de agosto. “Importante mencionar também que o brasileiro médio segue em seu processo de migração para a carne de frango, a mais acessível dentre as proteínas de origem animal neste momento”, apontou Iglesias.
Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 21 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,1 o quilo, assim como a ponta de agulha.