Segundo ele, os EUA são um tradicional fornecedor de carne com maior valor agregado, nicho do qual o Brasil ainda tem pouca produção e participação no mercado global. Sendo assim, o consumo da proteína chinesa pelos norte-americanos não traz riscos de perda de participação, podendo, ao contrário, funcionar como um estímulo para que a produção brasileira avance em busca de melhor rentabilidade.
“Precisamos parar de falar de produzir boi e começar a produzir carne. No processo da nossa curta permanência lá [China], vimos que precisamos trabalhar mais na área gourmet, com carne ingrediente”.
Segundo ele, o Brasil está atento a este nicho de mercado, de maior valor agregado, e vem trabalhando para aumentar a produção em toda a cadeia, com a criação de raças europeias e africanas (Bonsmara e Angus, por exemplo) e com frigoríficos adotando programas qualidade de carcaça, com pagamento de prêmios aos pecuaristas.
Para Camardelli, este movimento pode ainda abrir mais espaço para o produto brasileiro também no Estados Unidos. O representante cita que, apesar de neste primeiro momento os embarques serem basicamente de carne magra para produção de hambúrgueres, a diferença entre a forma de criação de gado no Brasil e nos EUA pode ser um diferencial competitivo.
Fonte: Estadão, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.