Temple Grandin, especialista em comportamento animal e professora de Ciência Animal na Colorado State University, apontou como pequenas mudanças nos sistemas de manejo do gado podem melhorar drasticamente o fluxo de animais no sistema de abate.
“Gado não gosta de sombras e, assim como as pessoas, lembram-se de uma experiência ruim. É importante recompensar o gado e construir sua confiança.”
Dean Fish, treinador certificado da Associação Nacional de Produtores de Carne (NCBA), disse aos mais de 140 participantes que trabalhar lentamente com os animais é, na verdade, trabalhar rapidamente. Em outras palavras, o gado excitado leva mais tempo para se mover, ficar em ordem e ser carregado. Como parte de sua apresentação, Fish demonstrou que o gado tem um ponto de equilíbrio e saber disso é fundamental para entender se o animal vai avançar, parar ou virar.
A organizadora do programa, Beth Doran, disse que o bem-estar do gado foi um dos principais focos da conferência, com seis sessões de discussão com tópicos separados: lidar com o gerenciamento da dor, projetar instalações de gado confortáveis, desmame de baixo estresse, processamento de gado, manejo do estresse térmico e realização de uma avaliação do confinamento.
“Os produtores de gado estão envolvidos em uma série de práticas que vão desde o desmame e vacinação até o os cuidados diários e lidar com a mudança climática do dia-a-dia”, disse Doran. “Quando o manejo de animais é realizado corretamente e usando boa administração, o potencial estresse tanto no animal como no produtor é bastante reduzido”.
Doran, que também é especialista em extensão da Iowa State University, disse que o gado confortável e sem estresse resulta em uma carne bovina mais macia e suculenta, qualidades importantes para a satisfação do consumidor.
Fonte: Iowa State University Extension, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.