A Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados realiza, nesta terça-feira (13/10), uma reunião para discutir a proposta brasileira a ser apresentada na Conferência do Clima (COP 21), a ser realizada em Paris, capital francesa. Está prevista a participação da ministra do Meio Ambiente, Isabella Teixeira, e do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, André Nassar.
Recentemente, a presidente Dilma Rousseff anunciou algumas metas a serem cumpridas pelo Brasil, como o fim do desmatamento ilegal no Brasil até 2030, o reflorestamento de 12 milhões de hectares e recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas. Propostas que foram recebidas de forma positiva por representantes do setor agropecuário.
No início de setembro, durante o Congresso Mundial de Florestas, na África do Sul, a Coalizão Brasileira do Clima, formada por representantes de diversos setores, entre eles o agropecuário, apresentou suas propostas para uma economia de baixo carbono. Entre os itens, a implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), transparência na questão fundiária e um sistema de remuneração por serviços ambientais.
A COP 21
A Conferência do Clima será realizada entre os dias 30 de novembro e 11 de dezembro. A expectativa dos organizadores é reunir cerca de 40 mil pessoas, entre delegações oficiais dos países que integram as Nações Unidas, observadores e representantes de organizações da sociedade civil.
No seu site oficial, a organização da conferência destaca a urgência de um acordo universal e legítimo para o combate às mudanças climáticas, que seja focado na redução das emissões de gases de efeito estufa.
“Este acordo deve levar em conta a capacidade e as necessidades de cada país. O acordo entrará em vigor em 2020 e deve ser sustentável e apto a habilitar uma mudança de longo prazo”, dizem os organizadores.
Outro objetivo da conferência será viabilizar uma contribuição dos países desenvolvidos em torno de US$ 100 bilhões anuais em recursos públicos e privados. Os recursos passariam para o chamadoFundo do Clima, que já recebeu um capital inicial de US$ 10,2 bilhões.
Além disso, dentro de uma perspectiva econômica, os líderes mundiais devem, de acordo com a organização da conferência, levar seus parceiros a redirecionar investimentos para iniciativas de baixo carbono.