De acordo com um relatório recente do Rabobank, o consumo de carnes por americanos aumentou em 5% somente em 2015 – mais rápido do que em qualquer outro ano nas últimas quatro décadas. E isso não é tudo: o Rabobank espera que o consumo de carne por pessoa alcance níveis não vistos desde a virada do milênio.
No ano passado, o americano médio consumiu 87,54 quilos de uma combinação de carnes vermelhas e brancas, anualmente, e o autor do relatório, Will Sawyer, diretor executivo de pesquisas com proteína animal, escreveu que essa produção de proteína crescerá em 2,5% anualmente até 2017 – menos que os 3% em 2015 -, com a carne bovina sendo a de maior contribuição.
Além disso, o Rabobank previu desafios da indústria e uma dificuldade para manter esse crescimento. “Até o final desse ciclo de expansão no final de 2018, esperamos um ambiente mais desafiador para lucros na indústria de carnes dos Estados Unidos, fornecendo oportunidades estratégicas para aqueles produtores com capital e previsão para aproveitar isso”.
Ele também espera mais consolidação da indústria, notando que o setor de frangos em particular tem visto margens de lucro favoráveis nos últimos anos. “Qualquer produtor considerando uma possível venda ou alienação deve agir mais rapidamente, à medida que a previsão para margens e valorização não está se movendo a seu favor. E deverá demorar mais do que alguns anos antes das condições da indústria retornarem aos níveis atuais”.
O relatório nota que os consumidores provavelmente serão os vencedores de um dos maiores aumentos na oferta de proteína da história dos Estados Unidos, com muito do alívio vindo na forma de menores preços da carne – especialmente carne bovina e suína. Com os custos dos alimentos animais voltando aos níveis de 2009, Sawyer argumentou que os preços da carne tenderão a ser menores.
“Um fator de alívio para essa maré na oferta de carne é que a maior parte da década que terminou em 2015 foi bem fraca para o consumo de carnes nos Estados Unidos. Isso foi principalmente direcionado pelos altos preços da carne com relação à renda dos consumidores e, em menor extensão, às mudanças nas preferencias. Entretanto, a taxa de expansão da indústria pode muito bem ser rápida demais, à medida que não está claro se os consumidores estão dispostos a exceder seu ponto alto histórico visto no consumo em 2005”.
Fonte: MeatingPlace.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.