Diversificando: Na última semana, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou os dados das exportações brasileiras e mato-grossenses referentes ao mês de setembro/16. Mato Grosso obteve uma receita de US$ 83,79 milhões com a venda de carne bovina in natura, através do envio para o exterior de 19,13 mil toneladas. Apesar de esta ser a maior receita em dólares obtida por Mato Grosso em 2016, os embarques mato-grossenses decepcionaram, já que a quantidade enviada ao exterior no acumulado de janeiro a setembro de 2016 é a menor desde 2013. Vale ressaltar que as crises internas de grandes importadores de carne bovina mato- grossense, como Venezuela e Rússia, afetaram severamente as vendas do Estado, no entanto, como já vem sendo reiterado neste boletim há alguns anos, a diversificação de mercado é importante, e viabilizar novos compradores pode ser a solução para as vendas externas mato-grossenses.
* Pela quinta semana consecutiva, o preço do boi gordo registrou valorização, a alta nesta semana foi de 0,64% em comparação à semana anterior, ficando cotado a R$ 134,23/@.
*Já o bezerro de ano apresentou leve aumento em seu preço, após consecutivas quedas registradas nas últimas semanas. O preço do animal ficou em R$ 1.195,59/cabeça.
* O valor da arroba do boi gordo no contrato futuro para maio/17 apresentou desvalorização de 1,17%, fechando a semana com valor médio de R$ 148,18.
* O equivalente corte desossados + couro/sebo + subprodutos (ECD) registrou queda no comparativo semanal (-1,45%), tal diminuição deve-se, principalmente, ao recuo nos preços dos cortes desossados.
JOVENS E PESADOS: A melhora no manejo e o melhor aproveitamento do hectare são apontamentos feitos reco- rrentemente pelos agentes de mercado da bovinocultura de corte mato-grossense, visto que a entrada de uma agricultura com bons retornos e alta tecnologia emprega- da pressionou o pecuarista mato-grossense nos últimos anos. E como se pode observar no gráfico, os que per- maneceram na atividade deram as respostas com núme- ros. Atualmente, o bovino mato-grossense gera em média 17,07% mais carne do que gerava há 10 anos. Além do maior peso, têm-se abatido bovinos mais jovens, já que, em 2006, animais com mais de 36 meses representavam 65,73% do total abatido, em 2016, esse número é de apenas 38,76%. Essa sinalização de menor tempo para abater e maior geração de carne por animal aponta um produtor que vem se adequando aos anseios, e buscando maior rentabilidade na sua propriedade.
Observações:
8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.
9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.
10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.
11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.
12 – Para o cálculo da relação de troca entre o boi gordo e o bezerro de 12 meses considera-se um boi gordo de 17 arrobas.
Fonte: Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).