Em volume, a expectativa da Abiec é de que as vendas externas de carne bovina em 2016 totalizem 1,4 milhão de toneladas, estável em relação ao ano anterior. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 12, durante entrevista de imprensa da Abiec, realizada em São Paulo.
De janeiro a novembro, as exportações da proteína bovina (considerando a carne in natura, miúdos, tripas, industrializados e salgados) somam US$ 5 bilhões, valor 6% abaixo dos US$ 5,4 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. Em volume, os embarques até novembro alcançam 1,3 milhão de toneladas, 1,7% acima com igual período no ano passado. Apenas em novembro, estes embarques somaram US$ 423 milhões e 99,6 mil toneladas, respectivamente.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne (Abiec), Antônio Jorge Camardelli, afirmou que as oscilações cambiais ao longo do ano, além de problemas econômicos locais de importantes compradores, como a Rússia, Venezuela, Irã e Egito afetaram negativamente os embarques ao longo do ano. “A Rússia antecipava boa parte das compras até dezembro e isso não foi feito”, disse.
Para 2017, a associação estima que as exportações do setor devem atingir US$ 6 bilhões e um total de 1,5 milhão toneladas, o que representaria um aumento de 9% e de 7% em relação ao estimado para o fechamento de 2016. A associação aposta em novas aberturas de mercado para o próximo ano, com foco em Coreia do Sul, Taiwan, Indonésia, Canadá, México e Japão.
Para Camardelli, as vendas para esses países da Ásia e América do Norte podem resultar em incremento de 180 mil toneladas ao ano. “São mercados com um preço médio alto para a carne bovina, o que poderia ampliar o faturamento do setor em US$ 1 bilhão por ano”.
Em 2017, os Estados Unidos também estarão no centro de atenção. Até novembro, a indústria brasileira exportou 525 toneladas ao mercado americano. A expectativa é elevar esse número, já que atualmente o Brasil tem direito a uma cota – junto com outros países – de 64,8 mil toneladas/ano. “Em 2016, apenas 61% desta cota foi utilizada, o que nos abre uma possibilidade de preencher esta demanda”.
Fonte: Estadão, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.