De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), na sexta-feira, 17, dia em que a Operação foi divulgada, o ritmo de negócios esteve significativamente lento. Assustados e preocupados com as possíveis repercussões, muitos representantes de frigoríficos consultados pelo Cepea suspenderam as compras ou pressionaram com força os valores na aquisição de novos lotes. Vendedores, por sua vez, só aceitaram negociar com pagamentos à vista, quando, em situações normais, muitos comercializam seus animais com prazos.
No entanto, nestes negócios à vista, frigoríficos pagaram valores inferiores, com deságios. Muitos colaboradores indicam que negócios foram postergados para a primeira semana de abril. No início desta semana, diante da confirmação de embargos nas importações por parte de importantes compradores da carne bovina nacional, o mercado ficou travado, sem negócios.
Com 23 anos de pesquisa diária e ininterrupta, a equipe de coleta de preços de Pecuária do Cepea nunca vivenciou um mercado como o dessa terça-feira, 21. Em muitas praças, não houve relatos de negócios nem de preços “abertos” para comercialização de novos lotes. O setor ficou em compasso de espera. Alguns poucos negócios e o abate foram resultados de contratos já fechados anteriormente.
Fonte: Cepea, adaptada pela Equipe BeefPoint.