A observação sobre a competitividade de nossa pecuária bovina de corte foi confirmada em mais uma rodada de comparações internacionais entre os países participantes do “agri benchmark”. A análise foi apresentada pela engenheira agrônoma e pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/ USP), Gabriela Garcia, palestrante do 2º Seminário Nacional do Projeto Campo Futuro, que ocorreu durante toda quarta-feira (26), na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília.
Segundo a pesquisadora, o Brasil ganha em competitividade em relação aos outros players, pois fica menos vulnerável às crises internacionais do que os outros países, fator que é extremamente vantajoso para nosso país.
Outro palestrante do seminário, Rildo Esperancini, também pesquisador do Cepea, mostrou os resultados do levantamento de custo realizado na pecuária de corte pelo projeto Campo Futuro este ano, em 27 municípios brasileiros, localizados nos estados da Bahia, Goiás, Pará e Minas Gerais.
De acordo com Esperancini, do total de municípios pesquisados, 83% apresenta propriedade modal especializada em cria ou recria e/ou engorda de bovinos. Segundo o pesquisador isto demostra a redução nos últimos anos do sistema de ciclo completo (em que os animais são criados, recriados e engordados na mesma área) e indica a maior comercialização de animais entre produtores.
Fonte: CNA, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.